Indo além da Imaginação
A cada passo que dava quase que automaticamente para frente, sentia me embrenhar cada vez mais e mais na floresta um tanto quanto sombria ao meu redor, vendo a luz do sol desaparecer gradativamente em cima das arvores densas, dando
lugar à uma meia luz agradável que ultrapassava com dificuldade a copa das
árvores.
E o silencio se fazia presente, impiedosamente sugando qualquer resquício de vida daquele lugar, sendo interrompido apenas pelo som das
folhas se despedaçando sob meus pés a cada passo dado sem pressa e o vento suave que acariciou meus cabelos jogando-os para frente trazendo um novo
som. Uma voz.
Observei curiosamente, porém estava sozinha, nem mesmo os pássaros se arriscavam á cantar em tal floresta misteriosa, não ousavam lhe tirar o esplendor do silencio.
Um sussurro, uma voz suave e melódica. E lá
estava eu, sendo puxada mais e mais profundamente pela mata, sendo levada e manipulada
por uma coisa que não conhecia e que me acalentava nas horas mais difíceis,
talvez estivesse ficando louca, porém com o passar do tempo a floresta passou a
ser meu refúgio, um lugar onde meus medos e problemas não me alcançariam, e que
sentia então a paz me preencher.
No entanto desta vez tal voz melódica não me acalentava, não dizia palavras doces de conforto e muito menos bonitas melodias sussurradas ao pé do ouvido, esta noite as palavras eram ásperas e diretas, seria a última vez em que entraria na floresta e algo me dizia que desta vez não sairia dela.
Atenciosamente, Julia.
No entanto desta vez tal voz melódica não me acalentava, não dizia palavras doces de conforto e muito menos bonitas melodias sussurradas ao pé do ouvido, esta noite as palavras eram ásperas e diretas, seria a última vez em que entraria na floresta e algo me dizia que desta vez não sairia dela.
Atenciosamente, Julia.
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